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Vinhos

Castas de uvas portuguesas: três tintas e três brancas a conhecer!

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Portugal é o país do mundo que ostenta a maior diversidade de castas de uvas portuguesas. As castas são a designação utilizada para descrever um conjunto de videiras, cujas características morfológicas e qualidades particulares transmitem ao vinho um carácter único. O conjunto de características transmitidas pelo solo e clima às videiras chama-se “terroir“. Isto significa que uma mesma casta plantada e diferentes terroirs reage de forma diferente originando, consequentemente, diferenças no produto final: o vinho.

Com esta realidade em mente, os enólogos portugueses têm-se mostrado preocupados em preservar o património de mais de 250 variedades de uvas nativas que não existem noutras partes do mundo.

Para compreender melhor esta realidade de produção, de uma forma geral as vinhas são plantadas em todos os tipos de solos, desde areia a xisto e expostas a diversos microclimas, a partir da influência do Mar Mediterrâneo e do Oceano Atlântico para a influência da Europa Continental. O resultado é uma impressionante gama de castas que origina vinhos tão diversos como únicos.

Aproveite para conhecer no artigo abaixo as três principais castas de uvas portuguesas plantadas em território nacional nas variedades tintas e brancas. Descubra o seu verdadeiro potencial vínico e o impacto ao nível do paladar!

CASTAS BRANCAS

Castas portuguesas brancas

Nas principais castas brancas de uvas plantadas em Portugal podemos encontrar:

  • Fernão Pires
  • Roupeiro
  • Arinto

Fernão Pires

A Fernão Pires é uma das castas de uvas brancas mais plantadas em Portugal, sendo também conhecida por Maria Gomes, na zona da Bairrada onde a sua plantação é predominante. No aroma da Fernão Pires destaque para as nuances a Moscatel e algumas notas de rosas e líchias. Além dos referidos também consegue apresentar um aroma de tragos a lima, limão, ervas aromáticas, rosa, tangerina e laranjeira.

A Fernão Pires é a casta branca portuguesa mais cultivada nas zonas do centro e sul, especialmente na zona da Bairrada, Estremadura, Ribatejo e Setúbal. De produtividade elevada, a Fernão Pires é uma casta versátil, precoce e rica em compostos aromáticos, o que ajuda a explicar a sua popularidade. Por ser uma casta muito plástica pode ser vindimada em colheita tardia, para a obtenção de vinhos doces.

Sensível às geadas, esta é uma casta que prefere os solos férteis, de clima temperado ou quente. A Fernão Pires é uma casta branca que produz vinhos frescos e muito aromáticos, caracterizados por uma baixa acidez e que devem ser bebidos ainda jovens. Para além de Portugal, a casta Fernão Pires tem também sido plantada com algum sucesso na África do Sul e Austrália.

Conheça aqui o nosso catálogo de vinhos com a casta Fernão Pires.

Roupeiro

Também conhecida por Síria, a Roupeiro é mais uma das castas brancas portuguesas que apresenta uma grande predominância em território português. Com foco no interior do país, numa faixa estreita que corre de Norte a Sul, junto à fronteira espanhola esta é a casta branca mais plantada no Alentejo.

Esta casta produtiva, caracteriza-se visualmente pelos seus cachos e bagos pequenos. Nos aromas primários é uma casta entusiasmante, oferecendo nuances de laranja e limão, sugestões de pêssego, melão, loureiro e flores silvestres.

Apesar das qualidades a Roupeiro é, infelizmente, uma casta com tendência para oxidar rapidamente, perdendo a sua exuberância aromática inicial, o que obriga a um consumo rápido do vinho. Os terroirs em que expande o seu carácter em maior harmonia incluem as terras altas e frescas das Beiras que acabam por ser mais favoráveis que o calor do Ribatejo e Alentejo. A Roupeiro ganha ainda uma dimensão particular na zona de Pinhel, região de excelência da casta.

Conheça aqui o nosso catálogo de vinhos com a casta Roupeiro.

Arinto

A casta portuguesa branca Arinto é uma das mais reconhecidas pelo país. Caracterizada pela sua acidez elevada, é no aroma intenso a frutos tropicais que ganha exuberância. Bastante versátil esta é uma casta branca presente na maioria das regiões vitivinícolas portuguesas, sendo também conhecida pelo nome Pedernã na região dos Vinhos Verdes.

A casta branca Arinto origina excelentes vinhos frescos, de acidez viva e com forte estética mineral. Esta firmeza na acidez é o principal cartão de visita da casta Arinto. Esta é uma casta que dá origem cachos de tamanho médio, compactos e com bagos pequenos. Discreta e sem aspirações particulares de exuberância, a Arinto apresenta no aroma nuances de maçã verde, lima e limão.

Usada para o fabrico de espumantes, é nos vinhos que a Arinto ganha destaque maior. Os vinhos são perfeitos para o verão e pensados para serem bebidos preferencialmente enquanto jovens.

Conheça aqui o nosso catálogo de vinhos com a casta Arinto.

Castas Tintas

Por sua vez, entre as principais castas tintas de uvas plantadas em Portugal podemos encontrar:

  • Aragonez / Tinta Roriz
  • Touriga Franca
  • Castelão

Aragonez / Tinta Roriz

Conhecida em Portugal sobre dois nomes distintos, a Aragonez também é apelidada de Tinta Roriz nas regiões do Dão e Douro. Muito valorizada dos dois lados da fronteira, a Aragonez / Tinta Roriz é sem dúvida uma casta ibérica por excelência.

Precoce, vigorosa e produtiva, a Aragonez / Tinta Roriz é facilmente adaptável a diferentes climas e solos, tendo-se estendido rapidamente para as regiões do Dão, Tejo e Lisboa. Com preferência pelos climas quentes e secos, em solos arenosos ou argilo-calcários esta é uma casta que prefere uma sinergia com outras variedades para dar o seu toque especial.

A Aragonez / Tinta Roriz é tendencialmente uma casta de lote, o que significa que conjugada com as castas Touriga Nacional e Touriga Franca no Douro, bem como da Trincadeira e Alicante Bouschet no Alentejo origina vinhos soberbos. Se o vigor for controlado, oferece vinhos tintos que concertam elegância e robustez, fruta farte e especiarias, num registo profundo e vivo.

Conheça aqui o nosso catálogo de vinhos com a casta Aragonez / Tinta Roriz.

Touriga Franca

A Touriga Franca é bastante popular. A casta mais plantada na região do Douro ocupa atualmente cerca de um quinto do território total da região. Este estado fundamenta-se na sua extrema versatilidade, produtividade, equilíbrio e claro, pela sua resistência a doenças. A maior peculiaridade desta uva é que provada do cacho não apresenta grande sabor, mas origina vinhos gastronómicos e ricos em cor.

Caracterizada pelos seus cachos de estrutura média e/ou grande, a Touriga Franca produz bagos médios e arredondados, sendo um dos pilares estruturais dos lotes durienses, tanto nos Portos como nos vinhos de mesa. Outra particularidade da Touriga Franca é que esta apresenta uma forte concentração de taninos, o que diretamente contribui para o bom envelhecimento dos lotes onde participa.

A Touriga Franca proporciona vinhos de aroma a frutos vermelhos e sugestões florais próprias da casta. Dando origem a vinhos de corpo denso e estrutura firme mas é na elegância das notas florais e silvestres que os vinhos originados por esta casta tinta se caracterizam. A casta Touriga Franca é regularmente associada às castas Tinta Roriz e Touriga Nacional.

Conheça aqui o nosso catálogo de vinhos com a casta Touriga Franca.

Castelão

A Castelão é casta tinta autóctone cultivada em diversas regiões do país. Versátil, esta é uma das variedades tintas mais cultivadas no sul do país, sendo bastante popular nas denominações do Tejo, Lisboa, Setúbal e Alentejo.

A casta tinta Castelão desenvolve-se melhor em climas quentes e solos secos e arenosos.

Os vinhos oriundos da Castelão, por norma, apresentam taninos proeminentes de acidez intensa com fortes tons granada e um aroma intenso a frutas. Já em vinhas maduras, o Castelão dá origem a vinhos estruturados e frutados, com particular incidência na groselha, ameixa em calda, frutos silvestres, e ainda nuances típicas de caça mortificada. Os melhores vinhos apresentam uma boa capacidade de envelhecimento.

Conheça aqui o nosso catálogo de produtos com a casta Castelão.

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