São muitas pequenas parcelas onde há uma grande mistura de castas, onde se destacam nos tintos Jaen, Baga e Tinta Amarela e nos brancos Bical, Fernão Pires, Siria, Cerceal e Arinto. Esta composição característica de vinhas velhas desta zona é muito diferente da escolha feita nas vinhas modernas do Dão, pelo que o perfil dos vinhos do produtor conduzem-nos ao que eram os vinhos do Dão há umas boas décadas.
Trabalha de forma natural as vinhas, com aplicação de práticas que fortifiquem o equilíbrio do ecossistema e as vinificações são de baixa intervenção, com fermentações espontâneas, pouca tecnologia e sem adição de produtos enológicos, feitas de modo preciso e cuidadoso. O resultado são vinhos menos aromáticos, com expressões de bosque, e uma estrutura de taninos fina que necessita algum envelhecimento em garrafa para revelarem a sua expressividade e naturalidade, de um Dão que volta à vida.
Notas de Prova
Cor relativamente aberta. Nariz puro, complexo, granito envolto de fruta vermelha fresca, sensações de ervas aromáticas, flores e pinhal. Grande equilíbrio e frescura numa boca fluida, cristalina, muito pura e saborosa. Taninos finos e macios. Final mineral muito longo.